segunda-feira, 31 de dezembro de 2007

e de uma amiga lembraram...

a.h. e l.p. convidaram o amigo alfabético a juntar-se numa busca refrescante na häagen-dasz. ele chamou uma amiga que por ali mora. elas a conheceram nesta tarde.

falavam sobre apegos e desapegos.

a moça que faz anos no mesmo dia que a.h. disse que conheceu uma turma de amigos. e como são todos muito bacanas, bonitos e etc, ela fica com um de cada vez.
a.h. pensou e quase deu voz ao pensamento: uma puta contemporânea.
mas o bom senso chegou a tempo.

a "moça" ainda soltou uma frase de efeito. algo do tipo, "se mando bem e sou a mulher que todos querem, porquê não?".

l.p. e a.h. chegaram a conclusão de que não querem saber de homens que vêem graça em mulheres burras com uma bunda arrebitada.
a bunda, consegue-se em qualquer lugar. em dois meses de academia ou no consultório que financia em até 72 vezes.
a rapidez delas não.
leva anos em construção.

conversa de mãe e filha

[na estrada, sentido litoral catarinense].

- o divórcio é difícil. [disse a mãe].
- e vcs estão mto acostumados um com o outro.
- mas fora isso, eu amo muito ele.
- mas vcs encontraram outra forma de se amar. e vc é mais feliz.
- é, mas esta é a dor mais difícil que existe.
- eu sei disso, mãe.
- esqueci, você também já passou por isso. seja três anos ou 30, a dor é do mesmo tamanho.
[silêncio].

segunda-feira, 24 de dezembro de 2007

pedra branca

ele caminha nas ruas e uma trilha sonora o acompanha.
pedras, moedas e chaves criam som dentro do seu bolso.
ela lhe diz isso, e presta atenção no som.

uma pedra dele agora anda na bolsa dela.
ele disse que é para cuidar dela.

sábado, 22 de dezembro de 2007

impressões na sala de embarque anotadas com a stabilo verde 0,4 - parte 1

[duas garotas ao meu lado. uma de 9 anos e a outra uns 6:]
- vamos brincar de maria madalena?
cantaram e pularam e eu não entendi nada. fiquei intrigada com essa nova versão de uni-duni-tê

[a vó chata das garotas:]
- vem arrumar esse cabelo despenteado. não pule! não bote a mão no chão! cuidado com o pé da moça! [eu sou a moça].

[as garotas:]
- deseje alguma coisa.
- uma torta [disse a mais velha].
- plumpt! aqui está!
- aha! joguei a torta na tua cara.

- minha vez! [disse a mais nova].
- vc não pode jogar torta na minha cara.
- por que?
- sou tua irmã mais velha. posso te demitir.
- o que é demitir?
- é quando o chefe te manda embora.
- mas eu não vou virar vadia.
- vou ligar para o teu chefe!

[as mesmas garotas - agora, falando do tadeu.
- quem é esse tal de tadeu? [perguntou o tio preocupado].
- o tadeu!!! [respondeu a garota menor, indignada!].
- que tadeu???
- meu irmão!
- mas que irmão???
- a galinha tadeu!!
- é galo, mariana!

quinta-feira, 20 de dezembro de 2007

marvin gaye tocava na sala

o vestido florido não oferecia o exato tom que ela queria hoje. enquanto andava do quarto para a sala e falava com ele, vestiu um jeans escuro.

na entrada do closet ele observava ela mudar as camisas.
- está boa. a de antes também estava boa. [ele lhe disse].

e ela olhava para ele, em silêncio, e pensava o quanto gosta de ter ele ali, olhando ela se vestir.

terça-feira, 18 de dezembro de 2007

registros 18.12

Pouco antes das 4 da manhã ela acordou. Sentou-se na cama, como se soubesse que dentro de dois ou três minutos ele ligaria.

Na portaria do prédio dela, um bilhete esperava por ele, junto com a chave. Ela saiu de casa ainda escuro e para ele deixou pronto o café e um pedaço mordido de doce, pra instalar um sorriso no rosto logo cedo.

Um convite para jogar-se na cama desarrumada aquecia a escrita azul da stabilo 0,4 na folha arrancada da caderneta.

Encontraram-se para almoçar. Ela escolheu linguado a tapenade, ele, escalope com cuzcuz marroquino. De lá foram em busca do melhor bolo do mundo, acompanhado por um café italiano.

De volta no carro, em meio ao som do Who, ela lhe entregou a melhor e maior frase do mundo. Nunca tinha visto o rosto dele brilhar tanto. Ela não sabe descrever a forma que os lábios dele sorriram neste momento.

Depois disso ela buscou anestesia em comprimidos brancos. Justo ela que tanto queria sentir, agora busca táticas para amortecer.

domingo, 16 de dezembro de 2007

deste domingo...

depois do bistrô e de recusar o tal "melhor bolo do mundo" elas foram em busca de um café.
- doppio per favore.

de lá seguiram para o santa luzia e para a casa de uma delas.
entre conversas, chás patagônicos pregados com martelo, the police, bolo de chocolate e cabernet, concluiram que mais cafona que a caríssima lata musical de panetone vista naquele mercado, são os cartões natalinos musicais.

só o recado musical que deixaram para um amigo não é cafona.

cafona na real é o cara que ligou pra uma delas. e que a outra disfarçou ser a pessoa que encontrou um celular perdido.
espertas estas meninas.
vivem despitando os caras, sem serem rudes.

uma delas tem um sério problema. é uma groupie ao contrário. basta um cara ter uma banda de rock pra olhar para ela. já a outra, é irresistível aos fotógrafos. tem uma lista deles, mas poucos entram na lista dos cinco.

ambição maior

1º concerto em sol, de maurice ravel.

sexta-feira, 14 de dezembro de 2007

2 + 2

é mais simples do que parece.

quarta-feira, 12 de dezembro de 2007

e elas por ele suspiram

não dá para sentir ciúmes.
só provocam risos.

caralho!
são uns tribufus ambulantes.

sinto até pena.

domingo, 9 de dezembro de 2007

mr. doherty



ela tem um amigo que organiza a vida em ordem alfabética. dedica cinco anos a cada história e tem uma horta para impressionar as garotas.

sábado, 8 de dezembro de 2007

Coca Sarli daqui

A atriz argentina Isabel Sarli, ou Coca Sarli, protagonista de filmes eróticos das décadas de 50, 60 e 70 tem uma representante paulistana! De olhos arregalados e cabelos loiros bem blond, Coca é dona de uma fúria de botar medo. A moçoila que dispara mordidas sem dó revela pencas de fofuras a quem lhe leva ossinhos, biscrock e se declara sua amiga oficial! A Coca Sarli destas bandas é filha do meu amigo argentino Mau e irmã da Minhoca.

[Coca Sarli, a original, na imagem p&b e a paulistana, no meu colo].

conversas na pauta de sábado cedinho

[na padaria:]
- como as pessoas acordam cedo no domingo!
- hoje não é domingo!

[no caminho de volta:]
- a floresta de árvores de natal fica junto com a fábrica de chocolate* do coelho.

* [para quem não sabe, a fábrica de chocolate é um morro na fazenda do meu vô].

segunda-feira, 3 de dezembro de 2007

Diálogo esquecido de uma tarde de domingo

nosso pic-nic francês, sob o sol e ao som de jazz


quero que todos os domingos voltem a ser como aquele.

quero que todos os domingos sejam como hoje.