quarta-feira, 30 de julho de 2008

julho está no fim

ela não sabe de onde sua mãe tirou tal estatística, mas segundo ela, julho é o mês em que mais pessoas morrem.

dá pra acabar o mês antes de amanhã?

não aguento mais isso.

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desidratação noturna

ela chorou todo o estoque de lágrimas de uma noite. quando não pôde mais, caiu no sono.
e pela primeira vez dentro das últimas duas semanas, dormiu até o dia clarear.

um amor estrelar

a partir de hoje, pode acreditar quando alguém deitar ao teu lado na grama para contar as estrelas e disser que uma delas é tua. principalmente, se ele fizer de conta que vocês estão a olhar o céu estrelado - vocês podem estar cada um em sua casa, digitando, enquanto deixam um programa como o asynx planetarium v2.12 rodar.

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"portal de relacionamento enviará mensagens postadas no site para o espaço. posts irão para a estrela gliese 581". [msg de celular enviada por 2275 - revista super interessante].

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sábado imperdível


dos desejos de L.P. no Bazar.zão! 02.08.08
r. augusta, 2690 - galeria ouro fino - 2º piso



terça-feira, 29 de julho de 2008

quero acordar só quando for dia

3f, 03:54.
o despertador imaginário tocou há pouco.

e eu estava sem um tacape pra acerta-lo, porra.

a receita da mãe, a de beber muito vinho, não adiantou. talvez porque faltou-me dançar horas a finco.

ela e o rock - parte II

ela iniciou as aulas de inglês aos quatro anos.

após uma aula, achou que já tinha idade suficiente para seguir sozinha o caminho até em casa.
o mercado logo abaixo da escola era em frente à uma praça, que concentrava todos os bêbados da cidade. a vitrine de esquina tinha uma grade e lá ela se agarrou com força quando viu um colono com um saco nas costas. afinal de contas, podia ser o tão temido homem do saco das assustadoras histórias para fazer uma criança dormir.

foi nesta mesma escola, a pink and blue, que ela aprendeu a primeira música em inglês: bob dylan cantando knockin' on heaven's door.

e quis saber mais sobre ele depois disso.

* a história da fuga da escola à caminho de casa teve final feliz: sua mãe e a teacher a encontraram e desavisaram a polícia.

domingo, 27 de julho de 2008

à procura de algo que a derrube

ela foi dormir cedo, antes das 23h já estava em casa.
mas não conseguiu passar das 2:30 no sono, como acontece há dias.

acorda todas as madrugadas como se tivesse um despertador berrando ao seu lado.
e só volta a dormir às 6h.

alguém pode lhe indicar um novo comprimido mágico sossega leão? please?

ela em outras versões

assim que a noite de sábado caiu, ela saiu em busca de novos filmes.
mas não achou o que o queria.

os russos estão em falta, disseram-lhe.

e ela pensou em aceitar o papel de francesa daquele diretor.
mas vai pensar mais algumas vezes antes de dizer-lhe sim ou não.

sábado, 26 de julho de 2008

atenção: apenas UMA das categorias

elas conversavam sobre eles, numa noite com as seleções da mojo e vinhos chilenos e argentinos.

a pauta era aquele papo furado que ninguém aqui mais cai, de que "terminei uma relação há pouco e tenho medo de me envolver".

segundo uma delas, o nosso papel tem dois caminhos nessa história:
1. ou adubamos a história anterior e ele volta correndo para os braços da ex.
2. ou, acaba arrumando uma nova namorada!

a outra máxima, veio de um ex affair, que não estava nessa noite, mas vale sempre ser citado:
- quem precisa de um homem bom? ninguém precisa de um homem bom!

já o melhor amigo, declarou que ela gosta mesmo é dos estragados.

***

pois bem, vale dizer que a avaliação de curriculos continua ativa!
se você se identificou em uma das categorias acima, mande o formulário preenchido!

ela e o rock - parte I

engana-se quem acha que ela iniciou no rock por conta dos guitarristas.

este foi só um plus que veio anos mais tarde.

quarta-feira, 23 de julho de 2008

mais 2 pontos no cartão



digo logo: creditar pontos no cartão de fidelidade é mera ilusão.
sabe quanto demora pra resgatar um exemplar? muitas cédulas.

mesmo assim, já marquei um encontro comigo no balcão da livraria da vila [e com o homem que eu casaria se já não fosse casado - mas esta parte ele não precisa saber. vai que o homem se separa... e eu, mudo de idéia! hahaha. ou, que reparo mais e passo a preferir o selton!].

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serviço pra quem quer ler a arte de produzir efeito sem causa [ou pra quem também casaria com ele, ou ainda, é mais uma apaixonada por insanidade escrita]:

a arte de produzir efeito sem causa, de lourenço mutarelli.
livraria da vila.
al. lorena, 1731.
quarta-feira, 23.07, 19h.



terça-feira, 22 de julho de 2008

uma conversa lúcida, como nunca foi

sabe a vizinha que nunca lembra de mim?
hoje lembrou.

descemos mais uma vez no mesmo elevador.
ela reclamava da raiz branca que já surgia em seus cabelos, duas semanas depois de tê-los tingido.

- quantos anos você tem? [perguntou-me].
- 29.
- ah, você ainda é um broto! não sabe o que são cabelos brancos!
[adorei o broto!! que foi repetido várias vezes].

depois, no térreo, cochichou no meu ouvido:
- eu tenho 82.

olhou o porteiro e disse rindo:
- falei baixinho porque um homem nunca deve ouvir a idade de uma mulher!

e seguiu rindo à sua caminhada sob o sol.

segunda-feira, 21 de julho de 2008

a morte a rondando

na noite de sábado, dirigindo com um ex sentado no banco de passageiro, ela contou a história do homem que dormia em baixo dela, e que morrera na madrugada anterior.

era o vizinho do apartamento 41. aquele que reclamava de qualquer barulhinho.
enfartou dormindo, na cama que fica exatamente em baixo da cama dela, contou o porteiro na manhã de sábado, quando ela voltava com as sacolas da feira.

segundo o ex, isso é saturno se divertindo.
ela até achou que pela primeira vez na vida estivesse cara a cara com o tal inferno astral.
mas ele disse que ela ainda não está nesta idade e só está sofrendo o retorno de saturno.

[mais uma vez, sorte ela carregar o tal ceticismo].

sexta-feira, 18 de julho de 2008

na história de liesel

depois dos dias mórbidos, botou o nariz pra fora de casa pela primeira vez.
foi com o ex, à noite, tomar um freddo limone no café da livraria da vila, na lorena. não suportaria nada doce - justo ela que carrega um formigueiro dentro de si. precisava de azedinhos, bem como o de uma bola de sorvete de limão em uma caneca de cappuccino. [queria é encontrar um vaso de trevinhos pra mascar].

ela, que pode passar horas encantada no mundo escrito, não conseguia encontrar novos focos de atenção. na saída da livraria, um único livro à ela piscou: a menina que roubava livros, de markus zusak. não fosse ela cética, e estaria mais lelé a uma hora dessas.

virou o livro e leu: "quando a morte conta uma história, você deve parar para ler". se dirigiu ao caixa e creditou os devidos pontos no seu cartão fidelidade da livraria.

das dores de ser mãe

sonhei que estava grávida.
era menina, já sabiamos.
"sabiamos", porque sim, havia um pai, com quem eu discutia ferozmente contra os nomes esdruchulos que ele escolhia. eram tão ruins que nem consigo lembrar.

os nomes que eu queria eram:
- catarina [da minha bisavó];
- emma [da minha vó];
- joaquina. [da carlota, óbvio].

logo em seguida acordei com fortes dores de estômago. parece que exagerei nos comprimidos brancos e amarelos. e meu órgão não suportou.

meu cérebro, coitado, deve ter confundido tudo e pensado que era a tal catarina que me chutava.

quinta-feira, 17 de julho de 2008

segunda-feira, 14 de julho de 2008

deixe-a em silêncio

as lágrimas cairam tanto que ela sente necessidade de um forte banho de chuva.

quinta-feira, 10 de julho de 2008

ela entrou pro time das propagandas enganosas

anda por aí com batom efeito plumping!

ou melhor, semi-plumping.
já que ela, não adepta de batom, tira quase tudo antes de sair.

terça-feira, 8 de julho de 2008

segunda-feira, 7 de julho de 2008

do comentário que virou post

alimentamo-nos constantemente! por ora tenho um pouco de anos 40, com saia lápis, saltos altíssimos e t-shirts. e imagens que rondam sempre: as fotos das décadas de 50 e 60 do stupakoff, os filmes de woody allen [todos o tempo todo], virginia wolf e dave grohl. o último, é só referencial caso eu tropeçar com um parecido com ele por aí!*

*[comentário deixado há pouco em melinópolis].

e não é que tropecei! terça passada, festa da revista soma. não foi o primeiro tropeço. o outro, foi mais próximo, em algum show - não lembro bem qual, talvez, coco rosie. ou daft punk. não sei. lembro-me vagamente. mas enfim, só pra dizer, que oui, dave vagueia as vezes por aqui.

domingo, 6 de julho de 2008

dos desejos

ela foi ao cinema com a melhor amiga.
viram le scaphandre et le papillon.

o fim de tarde ensolarado e a sessão de belas palavras, fizeram com que sua cabeça funcionasse em ritmo acelerado. desmoronando quem e o que não lhe valem a pena, como a parede rochosa que desabou na tela.

decretou-se mais uma vez a se jogar por um novo amor, a se permitir sentir tudo - até demais se for o caso - a sangrar, levantar e a ter um constante sorriso no canto da boca.

ela quer se apaixonar. mas são poucos os que fazem seu coração palpitar.
e sem esse bem\mal estar, ela não consegue nem mesmo beijar alguém.

já tentou.
é incapaz.

mas tão pouco admira quem consegue.
para ela, movimentos que deixam as avalanches de lado, têm sabor de comida de hospital. são sem cheiro, sem sabor e sem cor.

e para agora, ela quer cores vivas, cheiros naturais - ela não suporta perfumes - e sabores marcantes, feito pimenta ou chocolate.

ela quer cócegas no céu da boca, formigamentos nos pés e taquicardias.

está pronta.
abriu o espaço.

baby, vc tbm já era

ela cansou dos relatos de um homem covarde.
nem de ti mais ela quer saber.

mera semelhança o cacete

na novela das 8 tem um cantor que endoidou.

não preciso dizer mais nada né?
é só trocar o microfone por outro instrumento e imaginá-lo na rua augusta.

sexta-feira, 4 de julho de 2008

ela não te quer

dançava a tiki twist, enquanto olhava para ele e mandava o recado na música:
hit the road, jack, and don’t you come back no more, no more, no more, no more...

a resposta, ele cantava no refrão:
one more, one more, one more.

mas não funcionou.

quarta-feira, 2 de julho de 2008

je m'appelle babete

vez ou outra, ela ganha um novo nome.
geralmente de um desconhecido desinformado - ou desequilibrado.

o último? babete.

a justificativa foi dada em tom embreagado.
era sobre um filme francês.