e no fim de "Io e Te; de Bertolucci,
os dois dançaram,
um rodopio e dois passos tortos na sala de cinema
e sorriram por toda a noite
domingo, 28 de outubro de 2012
segunda-feira, 15 de outubro de 2012
traição
uma mesa longa no fim de tarde com muito vinho, grappa, doces e outros licores.
à mesa: um padre integralista, um casal (ela irmã de padre) com uma filha divorciada; uma mulher que todos imaginam traída pelo marido (apesar de ninguém ter a prova concreta e ela fazer de conta de que nada acontece); uma senhora de cerca 80 anos que com o marido comeu o pão que o diabo amassou; minha sogra (que vive sob as ordens da igreja); e nós dois.
a discussão era sobre o divórcio: abominado pela igreja.
o padre, muito diplomático, discursa que num caso de traição, um tem que saber perdoar e o outro precisa mudar.
nós meros não católicos (e que segundo a nossa sogra não temos um matrimônio de verdade porque não nos casamos na igreja) defendemos o nosso ponto de vista: que se não existe mais amor, ou em caso de traição, ou ainda, quando o respeito entre os dois não existe mais, o divórcio é a melhor opção.
o casal (que tem uma filha divorciada) até há pouco tempo sustentaria a opinião da maioria da mesa caso não tivesse passado por uma situação extrema na família.
e a senhorinha que sofreu a vida toda com um marido bêbado diz:
- em caso de traição, se o homem (porque claro... na cabeça delas é sempre o homem quem trai, já que o papel da mulher é a da eterna submissão) não deixar faltar nada em casa para a família, o casamento segue igual.
e nessa visão católica nós é que somos aqueles que não vivem um matrimônio de verdade!!
pois prefiro viver assim até o meu último dia de vida do que viver em uma mentira com a benção de um padre!
à mesa: um padre integralista, um casal (ela irmã de padre) com uma filha divorciada; uma mulher que todos imaginam traída pelo marido (apesar de ninguém ter a prova concreta e ela fazer de conta de que nada acontece); uma senhora de cerca 80 anos que com o marido comeu o pão que o diabo amassou; minha sogra (que vive sob as ordens da igreja); e nós dois.
a discussão era sobre o divórcio: abominado pela igreja.
o padre, muito diplomático, discursa que num caso de traição, um tem que saber perdoar e o outro precisa mudar.
nós meros não católicos (e que segundo a nossa sogra não temos um matrimônio de verdade porque não nos casamos na igreja) defendemos o nosso ponto de vista: que se não existe mais amor, ou em caso de traição, ou ainda, quando o respeito entre os dois não existe mais, o divórcio é a melhor opção.
o casal (que tem uma filha divorciada) até há pouco tempo sustentaria a opinião da maioria da mesa caso não tivesse passado por uma situação extrema na família.
e a senhorinha que sofreu a vida toda com um marido bêbado diz:
- em caso de traição, se o homem (porque claro... na cabeça delas é sempre o homem quem trai, já que o papel da mulher é a da eterna submissão) não deixar faltar nada em casa para a família, o casamento segue igual.
e nessa visão católica nós é que somos aqueles que não vivem um matrimônio de verdade!!
pois prefiro viver assim até o meu último dia de vida do que viver em uma mentira com a benção de um padre!
quarta-feira, 10 de outubro de 2012
pela metade
Matteo, 5 anos, para no corredor, olha bem os dois quadros e me diz:
- zia adri, por que você não pendurou os dois quadros bem juntinhos?
eu rio e pergunto o por quê de tal observação.
e ele me diz:
- porque desse jeito aqui parece até que alguém cortou a mulher pelo meio!
- zia adri, por que você não pendurou os dois quadros bem juntinhos?
eu rio e pergunto o por quê de tal observação.
e ele me diz:
- porque desse jeito aqui parece até que alguém cortou a mulher pelo meio!
terça-feira, 9 de outubro de 2012
coração apertado
ela diz:
- o bebê do mirko nasceu! a laura acabou de me mandar uma mensagem
ele:
-sim, eu vi. recebi a mensagem dele.
ela:
- você respondeu?
ele:
- ainda não.
ela:
- mas é um dos teus melhores amigos!
(silêncio)
ela:
- vai, responde a mensagem. é um momento tão feliz que eles dividiram com a gente.
ele:
- vou responder: te invejo.
e ela se acomodou no sofá e mordeu os lábios pra não chorar.
- o bebê do mirko nasceu! a laura acabou de me mandar uma mensagem
ele:
-sim, eu vi. recebi a mensagem dele.
ela:
- você respondeu?
ele:
- ainda não.
ela:
- mas é um dos teus melhores amigos!
(silêncio)
ela:
- vai, responde a mensagem. é um momento tão feliz que eles dividiram com a gente.
ele:
- vou responder: te invejo.
e ela se acomodou no sofá e mordeu os lábios pra não chorar.
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