domingo, 25 de maio de 2008

do dia que escrevi em primeira pessoa

estava no café da manhã, na villa bahia, com a minha grande amiga e uma que conhecera nesta manhã, amiga da amiga.
num momento falavamos de relacionamentos onde apenas um lado se entrega - ou seja, o feminino.
citamos uma outra amiga, que ama um homem mais velho e que por sua vez, é casado com uma mulher de sua idade.
uma delas disse na mesa:
- onde esta o pai dela nessa hora?
como se o pai devesse toma-la no colo e dar um soco na cara do tal homem.

não suportei tal idéia.
talvez por fazer parte de uma geração de mulheres fortes.

acho que até mesmo os relacionamentos destrutivos são necessários.
é com eles que crescemos aceleradamente.
discordo que qualquer pessoa tenha o direito de dizer o que se deve ou não fazer quando estamos apaixonados.
e também, porque acho que não existe nada mais desajustado do que uma mulher frágil que necessite que os outros indiquem o caminho, como um marionete guiado por cordas.

me dá ânsia a idéia de que amigos ou parentes devem guia-la para que encontre sempre o homem doce feito algodão-doce. mulheres resolvidas que vivem num pensamento de sociedade patriarcal! a imbecil ilusão de que a mulher deve se portar como aquele despresível ser que acata o que os outros acham o que é melhor.

arghhhhhhhhhhh.

e aquela história de que devemos seguir o que sentimos? que afinal de contas, só quem esta dentro da relação sabe do que e como ela é feita? pra onde foi isso?