sexta-feira, 23 de março de 2012

o nome

ele acredita em destino,
eu em acaso.

ele acha que ficarei grávida "quando tiver que ser",
enquanto eu acho que devemos determinar um tempo de tentativa, e entrar logo na longa fila burocrática da adoção.

fato é que queremos um filho. ou dois.
se depender dele, três.
sendo que um virá da china.
literalmente.
é o escritório de adoção que já escolhemos.

já tinhamos até um nome decidido para o primeiro bebé (que se seguir nossos planos, virá de nós dois), caterina. (... na nossa cabeça a primeira será menina).
mas ele odeia o apelido que todas as caterinas ganham por aqui... rina.
a nossa não pode ser cate?

num dia desses emma me veio à mente.
é o nome da minha avó. mãe do meu pai, mas com um eme só, ema.

não é uma homenagem.
porque se fosse, seria alice o nome escolhido, o da minha outra avó.
oma ema sempre foi tão "hagedorn" comigo.
como o meu pai.
não sei se era medo de mostrar emoções ou simplesmente não sabia como faze-lo.
pode ser que seja a segunda opção.
até porque eu tive, e tenho, que me esforçar muito. é tão automática essa coisa alemã (que eu odeio) dentro da gente.
talvez ela, como o meu pai, se viram mais confortáveis dentro da armadura.
eu resolvi sair dali.
mostrar emoções,
quebrar a cara. chorar. rir.
demonstrar.

mas essa é uma outra história...

o fato é que hoje entrei uma livraria,
vi um livro de significados de nomes (na seção de cuidados com bebê, etc) e pensei: o que significa emma?
abri ao acaso e bam!
tava lá: o primeiro nome na página em que abri: emma

liguei pra ele na hora!
contei a história.
e disse: significa lupo! lobo!
e senti que faltou o ar pra ele, que tem um lado lobo.

me respondeu: será emma!

quinta-feira, 22 de março de 2012

o (não tão) eterno retorno

se um dia eu encontrasse com o tal gênio da lâmpada, um dos meus três pedidos seria o de que cada homem da face da terra menstruasse ao menos uma vez na vida!

sexta-feira, 9 de março de 2012

sensações do passado

é incrível como do nada vem à tona algumas sensações ou lembranças de décadas passadas...

1. a sensação de pisar no tapete de "pelinhos" no chuveiro do quarto da mãe da minha amiga de infância, a Jayle.

2. a preocupação dos meus avós em dividir os ovos de páscoa que eu não encontrei nos esconderijos espalhados pela casa e que o sobrinho da minha vó (que tem a minha idade) o Daymon, já tinha encontrado. essa foi a única páscoa que ele passou com a gente, e a única que eu lembro claramente.

3. mas a minha melhor lembrança de páscoa é de quando, dias antes da páscoa, entrei no quarto em que a minha mãe guardava a tábua de passar roupa e outras coisas (um quartinho minúsculo, meio despensa) e achei um ovo de páscoa vermelho, pequeno. foi a coisa mais "uau" que aconteceu na minha infância.

4. o quanto era "desesperador" subir a escadaria da casa da minha vó com o meu tio que fazia barulho de monstro atrás de mim. o desafio era que se eu não gritasse ele me dava uma barra de diplomata.

5. aliás, diplomata era o carro dele também. o mais macio que eu já tinha andado. ele tinha ainda uma camionete antiga restaurada e me senti a pessoa mais importante do universo quando ele me levou à escola. a camionete estava sempre sem gasolina e ele dizia os seus truques pra dirigir sem acabar o combustível (o que eu achava mágico).

quinta-feira, 8 de março de 2012