quinta-feira, 4 de julho de 2013
perseguição
como tenho feito em todas as manhãs desde domingo, cedo pego um livro e vou me sentar na frente do lago.
mas para achar o lugar certo para a leitura faço como um cachorro que dá dez voltas no mesmo lugar antes de deitar.
aqui tem muito sol, aqui na sombra é frio, aqui tem barulho, etc...
até que encontrei o lugar perfeito: uma pedra que quase deixa os meus pés tocarem a água (mas que fez ou outra quando passa um barco grande preciso levantar e ficar atentar se a água não vai subir muito).
a minha leitura no lugar perfeito foi interrompida pela voz insuportável de uma avó que gritava (não de raiva, era o seu modo de falar) com o bebê que não devia ter mais do que 3 ou 4 meses.
"amooooooooole". e a cada "amole" no lugar de "amore" eu pensava o quanto odeio gente que fala errado com criança, trocando o r por l.
levantei do meu lugar perfeito e sentei em um banco.
5 minutos mais tarde a mesma mulher estava exatamente na minha frente aos berros.
não aguentei e segui adiante.
e... bum! mais uma vez a mesma mulher.
desisti!