sexta-feira, 18 de julho de 2008

na história de liesel

depois dos dias mórbidos, botou o nariz pra fora de casa pela primeira vez.
foi com o ex, à noite, tomar um freddo limone no café da livraria da vila, na lorena. não suportaria nada doce - justo ela que carrega um formigueiro dentro de si. precisava de azedinhos, bem como o de uma bola de sorvete de limão em uma caneca de cappuccino. [queria é encontrar um vaso de trevinhos pra mascar].

ela, que pode passar horas encantada no mundo escrito, não conseguia encontrar novos focos de atenção. na saída da livraria, um único livro à ela piscou: a menina que roubava livros, de markus zusak. não fosse ela cética, e estaria mais lelé a uma hora dessas.

virou o livro e leu: "quando a morte conta uma história, você deve parar para ler". se dirigiu ao caixa e creditou os devidos pontos no seu cartão fidelidade da livraria.