sexta-feira, 27 de maio de 2011

novela hospitalar

5h20 toca o despertador
hora de sair sentido brescia
eu num carro, ele em outro
não poderia ficar no hospital comigo por conta do restaurante
mas não queria que eu chegasse sozinha

me fez preparar uma mala
pelos corredores do hospital: a bolsa do day hospital numa mão, o potinho de xixi para análise em outra.

ao chegar tive que esperar que chamassem meu nome. seguido de um "mas como você tem um sobrenome italiano e outro impronunciável?".

a parte patética: tive que despejar o meu xixi que estava no potinho de farmácia em duas provetas com o meu nome escrito todo errado.

chá de cadeira.

hora de tirar sangue.
assinei tantos papeis: autorização para o luca responder por mim se acontecer alguma coisa na cirurgia que farei no próximo mês; sigilo de privacidade; e mais.
não foi uma seringa... foi um cateter e dali a enfermeira encheu oito provetas. e eu me pergunto: pra quê?
outro chá de cadeira: eletrocardiograma com uma enfermeira muito grossa

mais três horas sentada e finalmente chega o anestesista que vai me atender
preencho um questionário, trocamos três palavras, me pergunta se sou testemunha de jeová ou outra religião que não permite transfusão de sangue e me libera

em seguida falo com o médico que me atenderá
me diz: "quem é o teu doutor? ah, o puglisi. presumo que não te explicou nada sobre o procedimento, não é?".
meu médico é um clone do george clooney - me senti personagem do E.R.