domingo, 13 de abril de 2008

do dia em que ela quase virou estatística

ultrapassou um carro lento e espaçoso na albuquerque lins.
o motorista, um moço com não mais que 30 anos, cara de envocado e colar de prata e couro, não gostou de ficar para trás.
a seguiu.
buzinou.
parou atrás dela no sinal.
desceu do carro, agarrou seu cinto de segurança e por pouco não bateu nela.

por sorte, ela nessas horas é a pessoa mais calma do mundo.

só na hora, porque dois minutos mais tarde, quando deu conta de que a mão fechada que enxergou em frente ao seu focinho quase lhe rendeu um olho roxo, ela mal conseguia ficar em pé.
suas pernas tremiam como vara verde.