quarta-feira, 25 de julho de 2007

Sábias velhinhas

Já me meti em discussões fervorosas por afirmar o meu não-instinto materno. As pessoas têm dificuldade em entender que eu simplesmente não sinto vontade de ser mãe. Convivo em perfeita harmonia com um gato ou um bando de cachorros, já uma criança, não consigo imaginar. Certa vez uma amiga disse: “e quem vai cuidar de você quando ficar velha¿ Pra isso você precisa de um filho”. Babe, ontem tirei a prova máxima de que a tua teoria ruiu. Estava no prédio dos meninos da Ash, o Guil e o Ro, fotografando com a Ivi para a matéria de guarda-chuvas. No hall do prédio três velhinhas conversavam enquanto eu sabiamente as ouvia e espera o elevador que estava lá no vigésimo e tanto. Diziam elas sobre os filhos: “ele me enche o saco! Eu quero assistir TV e ele desliga porque acha que a luz e o barulho vão incomodar minha cabeça, mas eu queria assistir!” A outra diz, “e o meu filho que acende a luz do quarto pra ver se ta tudo bem comigo, no meio da noite. Claro que eu estou lá viva, dormindo. Mas depois disso não consigo mais pegar no sono”.

Estariam tão melhor com um gato que ronrona e se enrosca em suas pernas.