sexta-feira, 20 de março de 2009

a minha máquina

a casa da minha avó é o reduto das escadas. tem uma na porta principal, outra na lateral, outra por trás, e outra ainda ao lado desta, separadas por uma parede.

quando criança eu passava horas e horas sentada nos degraus vermelhos da escada lateral, em companhia de uma das cachorras do meu tio que levavam nomes de ex-namoradas [só pra constar: as éguas também tinham os nomes das ex].

um dos pensamentos que mais me oucpavam era o de imaginar quantas pessoas pensavam o mesmo que eu. as vezes, no meio de um livro, pensava: quantas pessoas estão lendo estas mesmas palavras neste minuto?

a minha "máquina" - porque eu a inventaria um dia, jurava - além de contabilizar quem fazia a mesma ação, também leria pensamento. claro!

e hoje, soube que a invenção não me pertence mais.

pesquisadores britânicos afirmam ser possível ler a mente. por meio de moderno scanner, mede-se fluxo sanguíneo cerebral. - enviado por 22745.