Adoro quando a luz dos carros invade a parede da sala. E quando estou na cama e a luz bate nas persianas de madeira e faz linhas que correm junto à sombra do abacateiro.
Gosto da risada dele e do jeito que me segura. Estremeço com os olhares que parecem me desvendar por inteira e das duas horas que levamos para acordar.
Me sinto livre quando estou com o pé no acelerador numa estrada e a idéia de pular de pára-quedas me faz sentir o vento contra o rosto.
Filmes franceses botam um sorriso no meu rosto e um respirar mais leve. Sartre me tira do ar por algumas horas e me arrepio toda com os beijos do moço do segundo parágrafo.
Gosto do cheiro da sala de revelação p&b, de chocolate casino com pecan, de apito de trem a carvão e de bolhas de sabão.
