quarta-feira, 12 de setembro de 2007

vou gritar bem alto pros desavisados: NÃO SOU EU


“Fiz um desenho. Nele usei um pouco de seus traços. Quase sempre faço isso. Vejo alguém e vou amalgamando com meus traços”, me disse Ernesto hoje pelo msn.

Não resisti em publicar aqui a Esquálida.

“Primeiro ela veio daqui”, escreveu e em seguida mandou estas palavras:

Só quem vive de suas horas mortas,
Quebra o piano, madeira, engano.
Da cegueira do arco cigano,
Dos coturnos embebidos,
Da furna de murídeos raivosos.

Só quem vive de suas horas mortas,
Encontra num fojo sua dor e cretinice.
E um sopro esquálido.
E um quadro pálido.
Roga para si o infortúnio.

Horas mortas,
Horas vivo,
Horas calo,
Horas minto



p.s.: GRITANTE E PULSANTE: Não sou eu pelada ali, ok?